Semicondutores: o componente que dita o ritmo da produção industrial

Semicondutores: o componente que dita o ritmo da produção industrial

É provável que você já tenha ouvido falar sobre a crise dos semicondutores, isso porque este assunto tem sido pauta em diversos segmentos desde o ano passado e, pelo visto, ainda terá reflexos para 2022.

Mas afinal, o que são semicondutores, onde eles são utilizados e por que o mercado automotivo tem sofrido com esta crise?

É isso o que vamos explicar neste artigo. Boa leitura.

O que são semicondutores?

Os semicondutores são chips milimétricos, geralmente feitos com silício e germânio.

São encontrados entre um condutor e um isolador, fazendo o que seu nome pressupõe: conduzindo correntes elétricas. 

Os condutores têm baixa resistência e passam adiante à corrente elétrica com mais facilidade, enquanto isoladores têm alta resistência e podem bloquear o fluxo de elétrons. Desta maneira, os semicondutores ficam como intermediários neste processo.

Esta peça, mesmo tão pequena, dita o ritmo da produção industrial, uma vez que pode ser encontrada em smartphones, videogames, eletrodomésticos, computadores e diversos outros eletrônicos.

Eles também são imprescindíveis na indústria automobilística. Para se ter uma ideia, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfaeva), um carro pode utilizar até 1.100 semicondutores encontrados no gerenciamento do motor e do câmbio; controle de consumo e emissão de poluentes; itens de segurança e conectividade, entre outros.

Se eles são tão importantes assim, por que estão em falta?

Crise: conheça os principais motivos da falta dos semicondutores no mercado

As causas que culminaram nessa crise são diversas: desde a guerra comercial entre Estados Unidos e China, até a estocagem de alguns fabricantes no início da pandemia.

Além disso, no Japão, a produção também foi interrompida devido a um incêndio em uma fábrica. Em países como Estados Unidos e Taiwan, a produção foi afetada por causas naturais, como o frio extremo e uma forte seca.

Os chips de tecnologias mais simples são os que mais estão em falta no mercado. Isso porque os esforços das fabricantes estava em produzir chips mais elaborados para tecnologias mais avançadas, como o 5G

Com a pandemia, o aumento da compra de produtos que usam os chips mais simples, como computadores e automóveis, fez com que ocorresse  mais demanda do que produção.

A estimativa é que hoje os semicondutores sejam o quarto produto mais comercializado do mundo, ficando atrás somente dos automóveis, petróleo refinado e do petróleo bruto. 

Impactos no setor automotivo

Ainda de acordo com a Anfavea, a indústria brasileira deixou de produzir aproximadamente 120 mil veículos somente no primeiro semestre de 2021, no mundo, o número chega a 3,6 milhões.

A associação estimava um crescimento no setor de 25% para este ano, agora  a projeção é de 2,305 milhões de automóveis e comerciais leves, uma alta de 21% em relação ao ano passado. 

Com a falta de opções de carros novos no mercado, os importados e seminovos ganharam mais espaço, porém os preços aumentaram muito.

E quando essa crise irá passar?

As perspectivas para a passagem dessa crise não são as melhores. 

Alguns dos grandes nomes do setor automotivo acreditam que a falta de semicondutores permanecerá até o ano que vem, porém de forma mais branda.

Até o final deste ano,  os fabricantes de semicondutores em todo o mundo terão iniciado a construção de 19 novas fábricas de alto volume. Para 2022, espera-se mais 10, segundo informações do relatório trimestral World Fab Forecast, da Semi.

A expectativa é de que a medida em que a demanda e oferta estejam se equilibrando, as coisas comecem a voltar ao normal. 

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