Motor automotivo: entenda a diferença entre os tipos turbo e aspirado

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Um dos assuntos que mais gera embate nos amantes de automóveis é a comparação de motor automotivo, considerando o modelo aspirado e o famoso turbo

Muitas questões vêm à mente quando esse tema se inicia, principalmente sobre o aumento de potência e a economia de combustível, uma relação que sempre foi muito investigada pelos especialistas automotivos e que sempre atraiu a atenção dos condutores.

Aqui neste artigo, você vai saber mais sobre esses dois tipos de motores e observar suas características e diferenças.

Motor automotivo: turbo e aspirado

Para iniciar a comparação, primeiro é necessário entender que o motor automotivo requer ar para gerar a queima dentro das câmaras de combustão. Portanto, quanto mais ar adentra essas áreas, maior a explosão.

Também é preciso saber como cada modelo é definido.

O motor aspirado é o modelo tradicional que comumente é vendido no mercado. Ele tem esse nome porque o ar é aspirado para dentro das câmaras de combustão por meio do movimento dos pistões

O ar sustenta a queima do combustível, gerando uma explosão que movimenta o carro e, no processo, eliminando os gases resultantes.

Já no motor turbo, estes gases, que seriam expelidos pelo veículo, são reabsorvidos pela turbina, retornando para às câmaras depois de serem sintetizados. Ou seja, há um aumento de pressão do ar dentro das câmaras de combustão, gerando uma queima mais potente.

Diferenças do motor automotivo

Porém, além dessa diferença principal, existem outras características que trazem vantagens e desvantagens para cada modelo.

Turbo: vantagens e desvantagens

A óbvia vantagem do motor turbo é o aumento na aceleração do automóvel aproveitando a rotação média, podendo conquistar até 44% a mais de performance

O turbocompressor é o equipamento responsável por reaproveitar os gases. Ele contém uma turbina que os leva para um câmara que comprime o ar, gerando uma pequena pressão atmosférica, o que admite uma quantidade maior de combustível dentro das câmaras de combustão.

O senso comum é de que uma maior quantidade de combustível significa maior consumo, mas não é bem assim na prática. Uma combinação mais sólida entre ar e combustível dentro da câmera gera uma explosão mais forte, logo, uma maior potência por metro cúbico.

Seguindo esse raciocínio, sim, o motor turbo pode gastar menos combustível que o aspirado, pois para este chegar na mesma potência, será exigido um maior volume cúbico líquido.

Ainda assim, o uso constante da aceleração máxima nos modelos turbos vai desprender muito mais combustível que o aspirado, que linearmente não desencadeia queimas tão altas.

O motor turbo então vai oferecer uma maior performance na geração de energia e, consequentemente, melhorará a condução do veículo em rotações mais baixas e médias.

Outra vantagem é que este motor automotivo polui menos o meio ambiente, uma vez que os gases nocivos à natureza são reaproveitados pelo motor antes de serem eliminados. Portanto, uma quantidade menor é expelida.

No entanto, este motor tende a ser mais barulhento e produz uma direção mais agressiva e enérgica. 

Aspirado: vantagens e desvantagens

Os modelos com motor automotivo aspirado, para atingir a mesma potência que o turbo, vão precisar de um torque com maior rotação, o que exigirá mais combustível.

Segundo o engenheiro mecânico da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA), Erwin Franiek, o motor turbo entrega 1.500 rpm em seu torque total, mas para o pico do motor aspirado, é necessário entre 3.500 e 4.300 rotações.

Mesmo gastando mais combustível, o motor aspirado consegue atingir a mesma potência que o turbo, considerando-se as baixas e altas rotações. A diferença fica por conta das médias, do qual o turbo apresenta maior potência com uma menor rotação.

Apesar disso, como a explosão nas câmaras de combustão é menor, esse motor automotivo tem menos chance de apresentar degradações, já que a temperatura nos componentes é menor.

Esse fator também se relaciona com o custo para reparos e manutenção que, além de serem menos requisitados, ainda são mais baratos que nos modelos turbos.   

Turbo de fábrica e KIT turbo adaptado

Uma das maiores preocupações dos interessados nos motores turbo é o desgaste dos componentes automotivos, bem como do próprio motor. Existe uma certa especulação de que eles duram menos justamente por fornecer uma queima maior.

Na verdade, isso depende muito mais da manutenção, o que também vale para um modelo aspirado. Porém, realmente existe um agravante quando se considera um automóvel com o motor turbo de fábrica e um adaptado com o kit.

O carro que vem de fábrica com o turbo já foi projetado para as exigências que o motor necessita, portanto tem menos chances de apresentar problemas. Agora, o KIT turbo é normalmente instalado em um automóvel comum, que não tem esses aprimoramentos de fábrica.

Mesmo assim, o KIT turbo é vendido com a promessa de oferecer maior potência ao carro e de atender a mesma durabilidade que um de fábrica.

O que é Remap e como ele interage com o motor turbo

O Remap consiste em uma reprogramação no sistema da injeção eletrônica. Já que os motores turbos conseguem atingir uma maior potência com rotação média, é possível realizar o Remap na central do automóvel para liberar mais potência e torque na direção.

Dessa forma, a condução do automóvel estaria programada para a alta performance, aproveitando-se de seu motor totalmente dedicado para isso.

Motor automotivo: carros elétricos

Além desses dois tipos de motor automotivo, ainda temos o elétrico. Neste caso, o automóvel recebe sua potência de um motor que gera energia a partir da carga elétrica das baterias, dispensando o uso de combustível, já que não requer combustão. Isso, é claro, sem considerar os híbridos.

Os motores elétricos são encontrados em quatro principais tipos e podem apresentar alta potência como os modelos à combustão:

Motor com corrente contínua (CC) → Gera torque por meio de um força magnética provocada por corrente elétrica.

Motor de indução (assíncrono) → Gera torque com duas forças magnéticas invertidas; uma criada pelo próprio rotor devido à indução e outra que provém do estator.

Motor síncrono de ímã permanente → A rotação acontece quando o estator recebe uma carga elétrica, gerando um campo magnético que vai interagir com o campo do ímã permanente dentro do rotor.

Motor de relutância → Funciona da mesma forma que o anterior, porém seu rotor não tem enrolamentos magnéticos, e sim um conjunto de lâminas ferromagnéticas que interagem com o magnetismo fornecido pela fonte elétrica externa.

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