Mobilidade sustentável: saiba os objetivos e propósitos

Mobilidade sustentável

Com o crescimento da população mundial e da densidade demográfica, especialmente em grandes cidades, discutir sobre mobilidade sustentável se torna cada dia mais necessário.

De acordo com um estudo da ONU, em 2014 87,5% dos brasileiros viviam em cidades. No ano em que a pesquisa foi realizada estimava-se que, até 2050, 91% dos brasileiros viveriam em cidades.

É possível que a pandemia tenha desacelerado um pouco essa curva graças ao trabalho remoto, que permite aos colaboradores ficar em seus locais de origem ao invés de migrar para grandes centros.

Mesmo que essa expectativa se confirme, a tendência é que não exista uma mudança nesse processo, somente um retardamento. 

Dessa forma, é essencial investirmos em uma mobilidade sustentável, que evite um crescimento desorganizado em larga escala (como já vivemos no passado), além da diminuição da qualidade de vida, aumento nos congestionamentos, na poluição e mesmo da violência. 

O que é a mobilidade sustentável?

Pense na mobilidade como um organismo que envolve diversas partes, com cada uma delas trazendo o seu ponto de vista. Segundo Carolina Cominotti (especialista em mobilidade) em entrevista ao Automotive Business, as principais frentes são:

  • O governo

O governo é quem desenvolve, custeia e aplica as políticas públicas para a melhoria do bem-estar e da mobilidade nas cidades. Aqui podemos falar tanto no executivo (com as esferas federal, estadual e municipal) como no legislativo (com a atuação da câmara). Suas ações em relação ao tema devem passar pela Lei 8.666, que permite licitações. 

  • Empresas privadas

Aqui podemos citar qualquer empresa que gere impacto para a mobilidade como um todo. Os players também se dividem em diversos tipos, com plataformas como Uber e Waze, montadoras, fornecedores da indústria automotiva, provedores como a Localiza e empresas que investem em infraestrutura, como a CCR.

  • Sociedade 

Aqui, falamos da sociedade como um todo, tanto pessoas físicas quanto organizações sem fins lucrativos ou associações. 

  • Instituições de ensino

Também existe a academia, com estudos e pesquisas de universidades ou outras instituições em relação ao trânsito, comportamento, consumo e mobilidade.

Para alcançar resultados estratégicos, é importante que a pauta tenha uma abordagem multisetorial. Afinal, são muitas frentes atuando, pensando em projetos e formas de capitalização. Todos os envolvidos devem contribuir para o debate trazendo soluções.

Como vimos, a mobilidade sustentável é a responsável pelo planejamento integrado das cidades. Esse planejamento envolve não só o direito ao transporte, mas também outras áreas, como a saúde (impactando no bem-estar da população), a moradia (trabalhando a densidade demográfica), a geração de renda e oportunidades (podemos transportar mais pessoas para alcançar centros econômicos, ou fomentar centros econômicos para aliviar o transporte) e meio ambiente. 

Muito mais do que projetar novas vias, o conceito envolve infraestrutura estratégica, com projetos que invistam no desenvolvimento sustentável, econômico e social. 

Os desafios x necessidades

Para qualquer cidade, basear a matriz da mobilidade no transporte individual é insustentável a longo prazo. A cidade precisa pensar sempre mais no coletivo do que no individual.

Hoje, mesmo com a aprovação da Lei Federal nº 12.587, que traz diretrizes para uma transição na mobilidade urbana, com maior foco no transporte público, entre outros fatores como redução de custos e maior sustentabilidade, as grandes cidades ainda sentem a desorganização e o crescimento acelerado todos os dias, com horas de congestionamentos que impactam diretamente na qualidade de vida.

Mais do que isso, são necessárias mudanças significativas, em larga escala, com diálogo entre as partes. A boa cidade em termos de mobilidade urbana é aquela que consegue adaptar sua infraestrutura para as novas necessidades.

Assim, não é necessário reconstruir espaços, mas sim adaptá-los. Um bom exemplo é a Avenida Paulista. Nela, podemos observar pista exclusiva para ônibus, ciclovias, calçadas acessíveis para deficientes, linhas de metrô em funcionamento e muito mais. 

É preciso ampliar e otimizar essa realidade para o resto da capital e de outras cidades brasileiras. Sempre com planejamento e estratégia.

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