Mercado automotivo: cresce procura por modelos de carros chineses e produção acelera em 2022

Modelos de carros chineses já circulam há anos no mercado de automóveis brasileiro, porém você já ouviu alguém dizendo a seguinte frase: “Não compra porque você vai se arrepender, vai dar prejuízo no futuro”?

Sim, muitos motoristas ainda têm preconceitos em relação aos veículos chineses, mesmo os modelos estando cada vez mais modernos e mais parecidos com as marcas já conhecidas no mercado.

Porém essa realidade está mudando aos poucos, principalmente com a evolução de uma marca chinesa de sucesso no Brasil: a Caoa Chery.

A marca, em 2021, teve seus números positivos quando se trata de crescimento no mercado:

Outra grande marca que representa a indústria chinesa nesse país é a JAC Motors, responsável pelo veículo elétrico mais barato no país, o e-JS1.

Neste artigo, vamos desvendar ainda mais os carros chineses, para que você possa avaliar se esse é um  investimento que vale a pena para sua realidade. 

Os primeiros e os atuais carros chineses: entenda as diferenças

Como já falado antes, os carros chineses ainda são mal vistos por muitas pessoas, e um dos motivos disso foram os primeiros modelos que chegaram ao Brasil.

No ano de 2007, o modelo Effa M100 chegou como o primeiro carro de passeio chinês comercializado em território brasileiro, porém suas vendas não foram promissoras. 

Apesar de ser um dos carros mais baratos do país na época, custando R$ 23.480, muitos modelos zero-km ficaram parados nas concessionárias, e os que eram comprados acabavam em tentativas de vendas após pouco tempo de uso.

Em 2011, chegou o modelo chinês Chery QQ. As primeiras impressões não foram muito convidativas para futuras compras, apresentando defeitos que incomodavam bastante quem entrava no veículo, como barulhos nas portas e o reflexo do break-light no vidro traseiro.

À primeira vista, o carro possuía diversas razões para o consumidor não ser atraído imediatamente.

Embora digam que a primeira impressão é a que fica, atualmente os modelos chineses evoluíram. A primeira comprovação disso é o preço: se antes eles eram os carros mais baratos do mercado, hoje tem valores competitivos com marcas como Ford ou Fiat.

Parte da grande mídia também chama atenção para isso. A Folha de S. Paulo complementa sobre essa evolução começando pela própria JAC, que foi quem mudou a imagem dos carros chineses no Brasil.

Atualmente, seu modelo mais chamativo da marca é o T60 Plus, com uma proposta muito semelhante à do Jeep Compass.

Não só esse modelo, como diversos que estão no mercado e em circulação nas ruas, demonstram como as marcas chinesas avançaram no mercado brasileiro, tanto em tecnologia quanto em qualidade.

Já sabe o que é a Grande Muralha?

Para começar, não, não se trata daquela construção chinesa histórica inaugurada em 220 aC. Se trata da Great Wall – que traduzindo para o português, Grande Muralha. 

A Review Auto conta mais sobre a concessionária considerada uma gigante no ramo industrial de carros chineses, que comprou a planta da fábrica da Mercedes-Benz em Iracemápolis, no interior de São Paulo.

Seus carros já eram comercializados em alguns países da América do Sul e, recentemente, o Brasil entrou na somatória, com a novidade da fabricação local.

E a companhia já chegou com grandes planos. É esperada uma produção de até 100 mil carros por ano — para comparação, vale considerar que a Mercedes entregava 20 mil quando estava nessa mesma fábrica.

Em complemento, o Estadão divulgou outro grande plano da Great Wall: para erguer o negócio da estaca zero, a intenção é ter investimento de R$ 4 bilhões, durante cinco anos. Incluso neste plano também está a expansão de concessionárias para melhor distribuição dos carros chineses.

A princípio, as operações devem começar no segundo semestre de 2022.

Sobre os produtos, ainda não foram revelados todos modelos que virão para a sede brasileira, mas as expectativas estão altas para que os SUVs entrem no catálogo, junto com as picapes – com a intenção de competir com a Toyota, no modelo Hilux.

Fusca chinês no Brasil?

A aposta da Great Wall no ano de 2021 foi a recriação do Fusca da Volkswagen, e desde então isso tem gerado especulações se o modelo entraria no mercado brasileiro, com a inauguração de sua nova fábrica.

A Great Wall conta com quatro marcas de apoio: Haval, Wey, GWM Pick-Up e a Ora – responsável pela criação do Fusca chinês.

O modelo recebeu o nome de Punk Cat no começo e tinha os traços dos carros chineses já conhecidos, sendo considerado até um tanto exótico no design.

Porém, em sua nova versão, o nome mudou para Euler Ballet Cat, e se não fossem pelas quatro portas, o modelo poderia ser facilmente confundido com o original.  

Se o modelo chega no Brasil? Ainda é um mistério. Mas o país tem forte relação histórica com o Volkswagen Fusca, e a Great Wall pode se beneficiar dessa boa imagem para o modelo ganhar maior visibilidade no mercado.

A única certeza sobre esse carro chinês é que ele não será produzido na fábrica do Brasil. Por ser elétrico, o mercado fica mais restrito para sua montagem, sendo um modelo de pouco volume.

Novidade chegando: da China direto para o Brasil

Como já ficou claro, os carros chineses estão em alta nos últimos tempos, com modelos cada vez mais parecidos com os de marcas já consolidadas no Brasil, e com tecnologias cada vez mais inovadoras.

E com um novo ano, novos modelos chineses devem chegar ao mercado brasileiro, segundo a Capitalist.

Então, trouxemos as novidades automotivas que estarão rodando nas ruas pelos próximos meses.

Vale mencionar também que dos carros chineses que virão na lista, apenas dois não são SUVs, e todos os modelos seguem com tecnologia de ponta e design moderno, acompanhando o mercado atual.

A lista inclui, em sua maioria, modelos da nova Great Wall e muitos lançamentos da Caoa Chery, mostrando a força que essas companhias terão neste ano e nos próximos.

Desvantagens dos carros chineses

Chegamos até aqui apresentando apenas o lado positivo dos carros chineses e as oportunidades no mercado para essas concessionárias, porém nem tudo sobre esses veículos agrada os motoristas. 

Uma das maiores desvantagens que esses carros possuem é a primeira impressão. Como já mencionado, os primeiros carros que chegaram no Brasil não tinham sua melhor qualidade ou os melhores materiais. 

Isso leva alguns consumidores a continuarem com a desconfiança das marcas chinesas, mesmo nos dias de hoje e mesmo com tanto investimento nelas.

Outro ponto de desvantagem que esses automóveis têm é o pós-venda. 

Já falamos aqui sobre os carros chineses serem vendidos após pouco tempo de uso e isso acontece, principalmente, por conta de três fatores: falta de peças, de manutenção, e de mão de obra qualificada para resolver problemas.

Caso seja preciso uma troca de peça específica ou uma revisão geral do automóvel, é possível que os custos sejam altos, além do longo tempo de procura até achar um profissional que faça a manutenção.

Cada vez mais, carros elétricos estão invadindo o mercado

Dos carros chineses que estão entrando com força no mercado automotivo brasileiro, aqueles que se encaixam na proposta dos veículos elétricos têm ganhado destaque.

E como sabemos, muito se tem falado sobre meios sustentáveis para manter os automóveis nas ruas, além do surgimento de combustíveis mais ecológicos. E uma das soluções para isso vem sendo os carros recarregáveis.

A China tem impulsionado suas fabricações de automóveis que são elétricos, ajudando o mundo a ver uma forma ecológica de ter um automóvel se movimentando atualmente. 

E para você entender melhor sobre como os chamados “carros elétricos” funcionam e como está a aceitação deles no mercado automotivo, separamos um e-book gratuito para acabar com as dúvidas sobre esses modelos e te fazer pensar se algum dia vai testar esses veículos.

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