Entenda como a direção funciona e supere o medo de dirigir

Header sobre sentidos e medo ao dirigir

Dirigir é um ato bastante comum, não é mesmo? Parece até que, de tão orgânico, é uma habilidade que nasceu totalmente com a gente. Mas a verdade é que existe uma série de fatores que tornam a direção possível. Você sabe quais são?

Aqui neste artigo, nós vamos falar sobre os sentidos, as atividades e as características psicológicas inerentes ao ato de dirigir, além de passarmos pela amaxofobia, o medo de direção.

Continue lendo para saber mais sobre o assunto.

Quais sentidos são ativados no ato de dirigir?

Você sabia que para dirigir, não apenas usamos nossas mãos, pés e olhos, mas também outros sentidos “menos” identificáveis?

Um deles é a percepção. Dentro desse campo, o condutor usa a confluência dos sentidos para detectar objetos, a movimentação deles e até especular a velocidade com a qual estão se locomovendo.

Há também a atenção, que engloba uma série de fatores como foco, varredura de campo perceptível, atenção seletiva e reação a eventos inesperados.

Ambas as características se utilizam dos sentidos corporais para gerar um estado mais amplo de presença que é necessário ao dirigir. Porém há aptidões cognitivas que também influenciam nesse ato.

Atividades cognitivas ligadas à direção

No que diz respeito à direção, já podemos evidenciar algumas habilidades motoras. Isso acontece quando utilizamos nossos instintos básicos — nativos e executados pelos cinco sentidos — somados ao raciocínio imediato.

Um exemplo de habilidade motora são as manobras de alta complexidade, o que podemos entender como estacionar em locais de difícil acesso. 

Outra situação que exige bastante das atividades cognitivas é a passagem de marcha, os pedais, os botões do painel e os demais controles do carro.

Essas habilidades precisam andar em conjunto com o estado de presença — percepção + atenção — para que o ato de dirigir aconteça com segurança e conforto.

Tipos de atenção

A atenção — extremamente necessária ao ato de dirigir — pode ser dividida em quatro tipos, segundo Stemberg

Atenção seletiva → Isso ocorre quando, dentre vários estímulos (pedestres, ciclistas, outros veículos, frenagem brusca, sinalizações etc), o condutor escolhe se concentrar em um deles.

Vigilância → Também chamada de atenção sustentada ou concentrada, esse tipo ocorre quando o motorista fica predisposto — a postos — para algum acontecimento iminente. É como um estado de antecipação à ocorrência.

Sondagem → Quando o condutor está a procura de estímulos particulares, como buscar chaves perdidas.

Atenção dividida → Ocorre quando o motorista divide sua atenção em estímulos diferentes e assim consegue executar mais de uma tarefa simultaneamente. Para que isso aconteça, no entanto, uma das atividades precisa estar no “automático”. Isso é comum quando se leva em conta a direção guiada por GPS em celular, por exemplo.

Entretanto existem algumas situações que podem atrapalhar a direção. Confira-as a seguir.

Fatores que atrapalham a atenção ao dirigir

É de conhecimento geral que alguns fatores podem influenciar na falta de atenção ao dirigir. Uns deles são bem conhecidos, como:

O que afeta o ato de dirigir

Todavia, existem algumas ações que, por mais rápidas que sejam, podem desviar a atenção do condutor tempo suficiente para acontecer um acidente. Veja a tabela:

Tabele sobre o que ocorre quando desvia atenção ao dirigir

Tabela retirada do artigo científico Funções psicológicas e cognitivas presentes no ato de dirigir e sua importância para os motoristas no trânsito

É possível observar que, devido à velocidade que o automóvel corre, ele se desloca em um espaço grande e que, pelo condutor não estar atento à direção naquele momento, abre uma lacuna para acidentes.

Outro detalhe que pode atrapalhar o ato de dirigir é o medo.

Fobia ao dirigir: como driblá-la

O medo de dirigir — ou amaxofobia — está relacionado a uma ansiedade excessiva que pode travar ou impedir que um indivíduo execute as atividades inerentes à direção.

Esse medo pode ser desenvolvido por algum trauma ocorrido dentro de um automóvel ou pelo sentimento de incapacidade ante a complexidade que envolve o ato de dirigir — não é à toa que existe o teste psicológico.

No entanto, há algumas ações que você que tem medo de dirigir pode tomar para driblar essa apreensão. Veja abaixo:

Regule a respiração → Parece bobo, mas quem passa pelo estágio de ansiedade tende a desenvolver uma respiração mais rápida. Compassá-la, ou seja, deixá-la mais fluida e natural diminui o episódio ansioso.

Não pense muito! → A ansiedade vem da tentativa de antecipar todas as etapas de dirigir. Só que esse processo também é psicomotor, logo, seu corpo também aprende e sabe conduzir o veículo, mas o pensamento excessivo pode bloqueá-lo. Então relaxe e deixe sua mente e corpo trabalharem.

Faça uma aproximação segura com o carro → Quando ele ainda estiver na garagem, faça uma abordagem tranquila de se acomodar, ajustar os retrovisores, colocar o sinto, mexer no volante e nos painéis antes mesmo de ligá-lo. Depois, ligue-o e faça movimentos curtos para frente e para trás com ele.

Escolha pequenos trajetos e repita-os → No começo, opte por circuitos pequenos e próximos que você já tenha mapeado mentalmente e que exijam uma certa frequência, como ir ao supermercado, por exemplo. Faça isso diariamente e depois vá expandindo para trajetos maiores, seguindo a mesma premissa.

Confie em você mesmo e não desista! → Tenha certeza que você, assim como as demais pessoas que já dirigem, é capaz de vencer esse medo. Comprometa-se consigo mesmo a treinar duas vezes por semana e lembre-se: você já desenvolveu a habilidade de dirigir, agora é só deixar fluir.

Supere os pensamentos autossabotadores → Na hora que for dirigir, associe o ato a situações prazerosas como a autonomia que a direção possibilita, a liberdade de ir onde quiser, a qualidade de vida, levar filhos, amigos e parentes a lugares interessantes etc.

Parece medidas simples, mas conforme você for executando esses passos recorrentemente, o medo de dirigir vai se esvair a ponto de se tornar apenas uma lembrança.

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