Saiba quais são os cuidados necessários em um carro automático
Quando pensamos nas facilidades que a evolução do setor automotivo trouxe para os motoristas, o carro automático é o primeiro a ser lembrado.
Não há dúvidas de que o conforto de dirigir um carro automático o torna preferência para os motoristas que almejam deixar o câmbio tradicional de lado.
Porém, se engana quem pensa que essa troca repentina é fácil e rapidamente adaptável. Para os motoristas acostumados com o bom e velho câmbio manual, a troca para um modelo automático pode necessitar de certas adaptações.
Os sistemas são muito diferentes entre si, por isso é necessário que os motoristas estreantes nos carros automáticos tenham certos cuidados para não prejudicar a vida útil do veículo.
Pensando nisso, venha descobrir qual a origem dos carros automáticos e quais são as dicas para que a direção seja feita de forma correta e sem danificar o automóvel.
O início dos carros automáticos
O câmbio dos carros automáticos surgiu nos Estados Unidos, por volta de 1930. Mas a popularidade dos manuais na época, junto com os custos, fizeram com que os novos modelos não fizessem tanto sucesso.
Já no Brasil, os automáticos eram artigos de luxo no mercado automotivo. Ou seja, apenas as classes mais altas da sociedade poderiam dirigi-los.
Esses modelos só começaram a se popularizar entre os motoristas a partir deste século, quando as pessoas começaram a procurar por mais praticidade na hora de dirigir – além dos preços começarem a caber melhor nos bolsos.
Com isso, alguns sistemas de troca de marcha foram desenvolvidos e se tornaram os mais comuns no mercado brasileiro.
Funcionamento dos tipos de câmbio nos carros automáticos
Nos câmbios automatizados, a embreagem é acionada através de um sistema eletrônico, e após analisar a velocidade e rotação do veículo, os sensores hidráulicos fazem as trocas automáticas.
Esse é o princípio básico de como os câmbios funcionam, porém há certas diferenciações entre dois tipos.
O CVT – sigla em inglês para Transmissão Continuamente Variável – funciona por meio de uma estrutura de correia e polia que se assemelha ao sistema de uma scooter. Ele não conta com seletor de velocidades.
Por outro lado, o sistema que está em alta no mercado atualmente é o automático de dupla embreagem. A diferença dele para um automático tradicional é a adição de mais uma embreagem ao sistema.
Com dois tamanhos de discos, o maior aciona as marchas pares e a ré, enquanto o menor se responsabiliza pelos ímpares.
A vantagem desse sistema e o motivo dele ser o favorito no mercado é a velocidade garantida nas trocas de marcha. Enquanto uma está engatada, a outra já está pronta para entrar em ação.
Independente da escolha técnica que o fabricante do seu carro automático fizer, é importante estar preparado para algumas mudanças de hábito – caso nunca tenha dirigido esse modelo.
Como dirigir um carro automático da maneira correta?
As diferenças entre um carro automático e um manual são perceptíveis no momento em que o motorista entra nele.
A primeira regra dos automáticos é que para dar partida e o motor começar a funcionar, o pé precisa estar posicionado no freio.
O maior motivo de atenção é o pé esquerdo. É importante que ele esteja sempre posicionado em seu local de descanso, evitando que o motorista tente acionar a embreagem e acabe freando o veículo.
Esse é um costume que deve ser entendido com rapidez, pois uma distração pode acabar causando acidentes no trânsito.
Além disso, o câmbio em si muda seu visual nos carros automáticos, independente do tipo (convencional, CVT ou dupla embreagem):
4 dicas de como prolongar a vida útil do seu automático
Agora que as explicações foram dadas sobre os princípios dos carros automáticos, chegou a hora de entender o que fazer – ou não – para expandir sua vida útil.
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Não engatar R ou P com o carro em movimento
Diferentemente dos carros manuais, quando os automáticos estão se deslocando devagar ou quase parando – em um engarrafamento, por exemplo – e o motorista aciona um desses comandos, o câmbio pode travar.
Isso faz com que haja um desgaste maior na peça do seu veículo, necessitando uma troca em tempo menor do que o usual.
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Utilize o freio motor
É importante usar o freio motor para passar em trechos com declives com um carro automático, nunca engatando o N nessas horas.
Isso porque esse ponto do câmbio é como o ponto morto dos carros manuais. Ou seja, os freios vão ter que, sozinhos, segurar o peso do veículo, causando desgaste não apenas para eles, mas também para o câmbio.
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Trocas de óleo
Você sabia que o câmbio nos carros automáticos também tem troca de óleo?
É importante sempre estar atento ao manual do proprietário para saber quando realizar essa manutenção. Também é necessário prestar atenção pois algumas montadoras informam que a troca não é necessária.
Apesar disso, especialistas recomendam sempre a troca dos fluidos da transmissão em intervalos periódicos. Sempre consultar um mecânico de confiança para entender essa periodicidade.
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O freio de mão ainda é necessário
Já sabemos que a posição P é a função de estacionar o carro automático, certo? Ela ativa uma trava mecânica no câmbio e impede que o veículo se mova.
Porém, caso o freio de mão não seja ativado em conjunto, essa trava pode ser danificada e os coxins do carro terão uma duração menor.
É ideal ao estacionar passar o câmbio de D para N, acionando o freio de mão e tirando o pé do freio, e só então colocar na posição P.
Ser automático não significa custos altos ou complicação
No Brasil, o interesse pelos carros automáticos vêm crescendo pelo conforto que eles trazem para o motorista na hora de dirigir. Além disso, esses modelos proporcionam bastante praticidade na direção.
Ainda existe muito receio relacionado ao seu preço – seja na aquisição ou no conserto –, porém podemos afirmar algumas coisas: primeiramente, existem diversos modelos de carros automáticos no mercado que se comparam financeiramente com os de câmbio manual.
Também é importante ressaltar que esses modelos tendem a quebrar menos. Como o motorista não comanda diretamente as trocas de marcha, as possibilidades de falhas diminuem e sua vida útil se torna maior.
Ou seja, apesar dos custos serem maiores para manter um veículo automático e de ele exigir alguns cuidados a mais na hora de dirigir, ainda sim esses modelos possuem diversas vantagens para os condutores, como já citado.
Os carros automáticos e elétricos
Não há dúvidas do crescimento na procura pelos veículos elétricos no mercado. Mesmo ainda apresentando uma pequena parcela no montante total de vendas, os elétricos já têm a popularidade para mudar esse cenário.
E essa mudança começa a ganhar forma esse ano. Segundo a ABVE – Associação Brasileira do Veículo Elétrico –, atualmente há 79,8 mil veículos elétricos circulando pelo Brasil.
A expectativa é que esse número alcance os 100 mil no começo do segundo semestre de 2022.
Por isso, é importante entender as similaridades desses veículos com os de combustão que atualmente temos no mercado.
Começando pelo câmbio: carros automáticos e eletrônicos possuem a vantagem da simplicidade na hora de trocar a marcha.
Esse item, a princípio, se parece muito com o de um carro automático tradicional, mas a forma de manuseio se torna mais prática.
Isso só mostra que, apesar dos veículos elétricos estarem ganhando mais espaço no mercado, ainda há muito que os motoristas não sabem sobre eles.
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