Economia circular: setor automotivo começa a dar os primeiros passos

A economia circular tem como base a extensão máxima da vida dos produtos. Sendo assim, equilibra o desenvolvimento econômico com um melhor uso de recursos naturais.

Já parou para pensar em quanto lixo produzimos por dia, por ano ou por toda nossa vida?

O último relatório do Banco Mundial aponta que cada pessoa gera, em média, 740 gramas de lixo todos os dias. Isso é uma ameaça para a saúde e para o meio ambiente, e é um dos grandes desafios atuais.

No ranking global, Estados Unidos, China e Índia ocupam as primeiras posições, e o Brasil, segundo o WWF, é o quarto maior produtor de lixo no mundo.

Nosso país também possui alguns outros números chamam a atenção: 

• Apenas 1,2% do lixo produzido no Brasil é reciclado. Isso significa 145.043 toneladas. 

• 7,7 milhões de toneladas vão para aterros sanitários e mais de 1 milhão de toneladas não é recolhida.

O motivo para produzirmos tamanho volume se explica pelo modelo econômico atual baseado em “extrair, produzir, descartar”, que pode ser definido como economia linear. 

Para que haja mudanças nesse cenário, movimentos como o de uma economia circular têm ganhado força. 

O que é economia circular?

A economia circular tem como base a extensão máxima da vida dos produtos. Sendo assim, equilibra o desenvolvimento econômico com um melhor uso de recursos naturais.

A ideia é que a forma de desenhar, produzir e comercializar produtos seja repensada e, lá no final, garanta o uso e a recuperação inteligente dos recursos naturais. 

Com isso, pretende-se alcançar alguns objetivos, como a minimização da extração de recursos, maximização da reutilização, aumento da eficiência no desenvolvimento de processos e no uso de produtos.

Na economia circular os materiais são aproveitados em cadeia de forma cíclica e os recursos naturais são valorizados em todas as etapas produtivas, já que o objetivo é reduzir a extração e ampliar a disponibilidade, uma vez que a escassez de produtos já seja elencado como um dos desafios do futuro.

O conceito de economia circular está muito atrelado à reciclagem, isso porque ao reciclar produtos você dá um novo sentido e significado a um objeto sem precisar agredir novamente a natureza.

De diversas maneiras, vários segmentos de negócio têm apostado nessa estratégia e o setor automotivo também já está dando os seus primeiros passos.

Setor automotivo planeja os primeiros passos para uma economia circular no segmento

Cada vez mais, fabricantes de veículos buscam gerir melhor o ciclo de vida de seus produtos para reduzir sua pegada de carbono.

Em alguns lugares do mundo já existem “fábricas” para desmontar carros. Lá, todos os carros ficam na carcaça e tudo aquilo que pode ser reaproveitado ou reciclado volta para a produção ou fica à disposição para consumidores comuns comprarem.

Outra aposta para uma economia circular no segmento automotivo é a reciclagem de baterias de carros elétricos.

Com o crescimento da demanda por veículos elétricos, milhões de baterias devem chegar ao fim de sua vida útil em alguns anos. 

Dados do ISF (Instituto de Futuros Sustentáveis) da Universidade Tecnológica de Sydney, na Austrália, afirmam que a reciclagem pode reduzir a demanda mundial em 2040 de 25% para o lítio, cerca de 35% para o cobalto e o níquel, e 55% para o cobre, todos presentes na fabricação dessas baterias.

Ainda segundo o ISF, “a indústria consegue reciclar 60% do peso das baterias e é tecnicamente possível recuperar estes quatro metais em mais de 90%, mas faltam incentivos econômicos ou normativos para fomentar o uso de materiais reciclados”.

O que vem sendo feito no mundo

Na Europa, estuda-se a possibilidade de impor aos fabricantes um mínimo de compostos reciclados nas baterias a partir de 2030.

Na China, a fabricante de baterias CATL anunciou recentemente a construção de uma planta de reciclagem de quase cinco bilhões de dólares.

Nos Estados Unidos, um dos fundadores da Tesla arrecadou 500 milhões de dólares para ampliar sua planta de reciclagem Redwood.

Todas essas iniciativas fomentam o conceito de economia circular, e o benefício nunca é para uma pessoa só, mas sim para todos.

*

A Metagal, líder no mercado de espelhos retrovisores, sistemas de retrovisão e no desenvolvimento de câmeras para monitoramento veicular, é um exemplo da constante busca por inovação. Há mais de 50 anos no setor, a empresa investe pesado em pesquisas, capacitação de seus profissionais e novas tecnologias.