O desemprego e o aumento das demandas de entrega fez com que a busca por motos crescesse de maneira exponencial em 2021: 110,4 mil unidades apenas em maio.
A pandemia causada pela Covid-19 chegou causando grandes mudanças — para não dizer transtornos — para os brasileiros.
No estado de São Paulo, cerca de 50 mil bares, restaurantes e lanchonetes deixaram de existir durante a pandemia.
No entanto, o delivery conquistou seu espaço. O iFood observou um crescimento de 122% de pequenos e médios restaurantes cadastrados.
A mesma plataforma também registrou um aumento de mais de 30% no número de motoboys, chegando a 170 mil entregadores inscritos.
De forma positiva, esse aumento no delivery gerou um efeito cascata. Neste caso, com mais motoboys na rua, a venda de motos também subiu.
A alta demanda por motos
O desemprego, fruto da crise sanitária e econômica que estamos vivendo, junto com o aumento das demandas de entrega fez com que a busca por motos crescesse de maneira exponencial.
Na OLX, por exemplo, nas duas primeiras semanas de junho de 2020, a procura por motocicletas aumentou cerca de 13%. Além disso, a participação da venda de motos chegou a 40% em abril (2020), quando a média dos meses anteriores ficava entre 30% e 33%.
No ranking das motos mais procuradas na plataforma, a Honda domina em primeiro lugar e a Yamaha em segundo, sendo as preferências por motos street, motonetas e trails urbanas. Veja as principais:
Os números de 2021
A venda de motos em maio somou 110,4 mil unidades, o melhor resultado mensal desde dezembro de 2015.
A comparação com abril de 2021 resulta em alta de 16,6%. A média diária de vendas foi de longe a melhor do ano, com 5,2 mil unidades, segundo a divulgação da Federação Nacional Distribuição Veículos Automotores (Fenabrave).
O crescimento nas vendas em maio pode ser justificado pela combinação de alta demanda, crédito disponível (com taxa de aprovação próxima a 50%) e aceleração da produção, sobretudo da Honda, para compensar o desabastecimento das revendas no começo do ano.
Ainda de acordo com a Fenabrave, somente a Honda vendeu neste ano 306,7 mil motos, o equivalente a 74,7% do mercado local. Comparando com os mesmos meses de 2020 suas vendas cresceram 28%.
Já a vice-líder, Yamaha, cresceu mais de 70%: foram 77,8 mil unidades emplacadas. Sua fatia no mercado local está próxima a 20%.
Oferta + demanda = alta nos preços
A partir do dia 1º de abril, a alíquota para carros novos mudou novamente, dos 13,3% cobrados para 14,5% — a tarifa era de 12% antes do primeiro aumento.
Sim, desde o começo do ano, esse já foi o segundo aumento no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Em janeiro deste ano, a alíquota sobre o valor de venda dos veículos usados passou de 1,8% para 5,5%.
Embora possa parecer um aumento pequeno, o reajuste do ICMS gerou uma diferença enorme nos preços finais: alguns carros 0km vendidos em São Paulo podem custar até R$ 2,9 mil a mais do que em outros estados.
Essa medida obrigou as fábricas de motos a adotar uma tabela diferenciada para o Estado de São Paulo.
Segundo a Honda, desde o dia 15 de janeiro, todas as motos ofertadas pela marca no estado de São Paulo passam a apresentar um preço público sugerido (PPS) diferente dos outros estados.
Por outro lado, também a partir de 1º de abril, o ICMS dos carros usados diminuiu para 3,9%.
Na época do primeiro reajuste, a Fenabrave divulgou uma nota de repúdio, afirmando que o aumento do ICMS “vai custar ao Estado de São Paulo milhares de postos de trabalho, falências de empresas e aumento de preços ao consumidor, além de promover queda na arrecadação, podendo causar danos irreversíveis ao setor e à economia paulista”.
O receio dos comerciantes do setor é que, diante do aumento do tributo, o bolso do consumidor seja diretamente afetado e, como consequência, a venda de motos e outros veículos caia.
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