Vendas de veículos leves, médios e pesados indicam novo normal

Em julho, as vendas de veículos alcançaram o melhor desempenho mensal desde março, quando a pandemia pelo coronavírus fez com que diversas fábricas, pátios de emplacamento e concessionárias paralisassem suas atividades.
Conforme projeções do setor, o mercado ainda está se recuperando, com queda na produção e nas vendas em comparação com 2019.
Ainda assim, é possível que os números sejam mais positivos do que o imaginado no início da quarentena, com destaque para uma melhoria nas expectativas para automóveis seminovos e veículos pesados.
A Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores) avalia que esse resultado já indica o que muitos chamam de “novo normal” para o mercado brasileiro.
Projeções gerais para os próximos meses
Expectativas de produção e vendas de veículos leves
De acordo com a IHS Markit, instituição de pesquisa e informação global, a expectativa era uma queda de 30% nas vendas de veículos leves no Brasil em 2020, em comparação com o mesmo período no ano passado.
Também eram esperados 1,8 milhões de emplacamentos até dezembro. Até o momento, a instituição não alterou projeções, e o mercado tem reagido exatamente como o planejado.
Espera-se que as vendas cresçam em torno de 10 mil unidades a cada mês, com uma despontada em dezembro.
Já a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) tem expectativas bem mais conservadoras. A associação estima uma queda de 40%, com 1,6 milhões de veículos vendidos no país em 2020.
Em relação a produção de veículos leves, a IHS Markit divulga uma queda de 33%, com 1,87 milhões de veículos produzidos.
A Anfavea, por sua vez, segue a linha da projeção de vendas, com uma perspectiva mais pessimista: queda de 45%, com 1,58 milhões de automóveis produzidos.
Expectativas de produção e vendas de veículos médios e pesados
Em relação aos caminhões de acima de seis toneladas, houve uma melhora na expectativa. Ainda de acordo com a IHS Markit, em 2020 serão vendidas 70 mil unidades desses veículos, uma queda de “apenas” 27,2%.
A explicação vem do agronegócio: o setor tem apresentado resultados melhores do que o esperado, impulsionando a demanda por transporte de grãos no Brasil e na Argentina.
Como as vendas aumentaram no mercado interno, principal público, a produção também cresceu. São 82,5 mil caminhões acima de seis toneladas produzidos, representando uma queda de 26,7%, menor do que o esperado.
Em países para os quais o Brasil exporta, não houve grandes mudanças de projeção.
Já para caminhões médios, a situação é um pouco diferente: as perspectivas continuam as mesmas. Com uma diminuição no poder de compra do brasileiro, mesmo que abaixo do esperado, a população deve economizar nas compras, o que não exige uma expansão considerável no transporte de mercadorias.
Expectativas de vendas de veículos usados e seminovos
As vendas de veículos usados, por outro lado, apontam para uma normalização em pouco tempo. Segundo a Fenauto (Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores), o mercado de automóveis seminovos está em evolução constante, com números crescendo semana a semana.
O último levantamento da federação, referente aos dias 20 a 26 de julho, mostra uma média de vendas semanal 8,02% maior do que na semana anterior. Esta, por sua vez, já havia apresentado aumento em relação às outras semanas.
Um dos motivos do aumento é o própria pandemia. Mesmo com o afrouxamento da quarentena em diversas cidades, muitas pessoas ainda não se sentem confortáveis para transitar no transporte público ou mesmo usar aplicativos de mobilidade. Assim, recorrem a compra de seminovos ou usados.
Com os números apresentados, é possível que este nicho do setor automotivo já esteja normalizado em agosto.
Em busca de resultados melhores
Em resumo, a boa notícia é que em nenhum momento a queda foi mais expressiva do que o projetado no início da quarentena (quando ainda não se sabia a duração do isolamento social).
Os números estão crescendo gradativamente e o mercado tem reagido dentro do esperado pelas empresas e associações.
Conforme a própria economia apresentar sinais de melhora, as vendas de veículos devem acompanhar o crescimento.
Por enquanto, um fator que anima as montadoras é a agilização na concessão de crédito. Atualmente, temos quase sete aprovações para cada 10 fichas cadastrais enviadas aos bancos.
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